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domingo, 23 de dezembro de 2007

Intrevista com Dani Filth!



28 de Novembro de 2006


O vocalista Dani Filth, da banda britânica Cradle Of Filth, concedeu uma entrevista pingue-pongue ao site DrownedInSound.com, na qual falou sobre Deus, ver a morte de frente e sobre cortes de cabelo. Veja alguns trechos da conversa:

RP-Se você pudesse se afogar em uma coisa, qual seria?

Dani-Pele nua de mulher, bebida ou tentáculos de Lovecraft.

RP-
Você já teve alguma experiência na qual encarou a morte?

Dani- "Sim, uma vez, usando cogumelos. Transcendi o universo e me tornei um com Deus. Daí um amigo meu ficava me incomodando insistentemente e eu acabei retornando dos véus da morte para seu apartamento bagunçado".

RP-
Você acredita em Deus?

Dani- "Sim e não. Na verdade, vejo Deus como uma amálgama de tudo que existe de importante nas deidades religiosas - tanto as coisas boas quanto as coisas ruins. Mas para evitar debates com os que se dizem 'conhecedores' do assunto, eu saio de fininho dizendo que sou pagão".

RP-
Qual foi o pior corte de cabelo da sua vida?

Dani- "
Quando eu era moleque, tingi os cabelos, mas a tinta pegou errado e ele ficou laranja. Aí minha mãe ainda me fez o favor de me entender errado e, ao invés de passar máquina para tirar o volume por baixo do cabelo maior, deixou um pedação careca. Passei uma semana parecendo um urubu de gengibre".




RP-
Por que o título “Thornography”?

Dani-
“O engraçado é que tínhamos pensado em alguns títulos para este álbum, e colocamos todos eles num painel no estúdio (infelizmente, ‘Shriek of the Pterodactyl’ [‘O grito do pterodáctilo’] não era exatamente um grande título!). A idéia foi continuar a escolha conforme a gravação do álbum ia sendo feita, tendo em mente a estrutura das músicas e um tema equivalente. No final, os que trabalharam no álbum escolheram ‘Thornography’, porque ficou decidido que esse era o que representava melhor a atmosfera do álbum e os primeiros estágios da arte gráfica”.


RP-
Vocês ainda se consideram uma banda de Black Metal?
Dani- “Sim e não. Bem, isso não ajuda muito, não é mesmo? Digo ‘sim’ dentro do contexto de ainda termos a mesma empolgação que tínhamos quando formamos a banda e da atmosfera de nossa música. E ‘não’ em relação à falta de criatividade da cena atual. O que quero dizer é que costumava haver muito mais diversidade nos bons tempos de [selos como] Cacophonous, Osmose e Deathlike Silence, com bandas muito incomuns, desde NECROMANTIA (sem guitarras, só baixo), EQUIMANTHORN e NEPTUNE TOWERS (atmosfera estranha) até IMPALED NAZARENE (que no início eram muito influenciados pelo punk) e IMMORTAL. Agora a cena se parece muito com uma prisão, onde todos tentam manter suas raízes, apesar da cena ter acabado muito tempo atrás. Preferimos ser conhecidos somente por ‘CRADLE OF FILTH’, penso eu, ao invés de ficarmos presos a limites impostos por ‘chefes de cena’ para encaixar as bandas em seus próprios ideais”.

RP-
Por que você decidiu trabalhar com Ville Valo [frontman do H.I.M.] na música “The Byronic Man”?

Dani-
“Ville falou que tinha vontade de trabalhar com a banda quando ele tocou no aniversário de 25 anos da Roadrunner com Rob Caggiano (produtor de ‘Thornography’) no ano passado. Tendo em vista que a música precisava de um vocal principal masculino (ficaria um tanto ‘gay’ se eu tivesse cantado!) e eu esperava que ele personificasse o personagem de Lord Byron, então bastou ligar para o empresário de Ville para assegurar sua colaboração, pois ele se encaixa perfeitamente na música. Acho que o resultado final realmente ficou excelente”.

RP-
Algumas das músicas do novo álbum são extremamente melódicas, mesmo em relação aos vocais. Isso se trata de um passo para ampliar seus horizontes musicais?

Dani-
“Com certeza. Eu não sei por que tantas pessoas ficaram surpresas; a melodia é uma evolução natural para nós, além de já estar presente em nosso trabalho há um bom tempo. Mas o álbum também tem músicas que estão entre as mais pesadas que já fizemos, então certamente nem tudo segue na mesma direção. Os vocais melódicos (há alguns no álbum) entraram para acentuar algumas das partes que são, por natureza, refrões realmente cativantes”.

RP-
Como é trabalhar na Roadrunner Records?

Dani-
“A Roadrunner tem sido muito boa para nós; eles têm um excelente faro para a cena, além de realmente se importarem com a música. Junte a isso suas leais equipes de rua e sua história com a música extrema, mais a sua persistência em relação a alguns de seus artistas de maior sucesso e você tem a receita para grandes realizações. Mas que grande puxa-saco eu sou, hein?”

RP-
Que turnês estão planejadas para o ano que vem?

Dani-
“Que turnês NÃO estão planejadas para o ano que vem? Isso seria mais fácil de responder. Vamos dizer o seguinte: vamos viajar bastante, tanto aqui na Europa quanto nos Estados Unidos. Em janeiro começaremos uma turnê pelos Estados Unidos e Canadá, vamos pra Europa de novo na primavera e depois faremos outra turnê pelos Estados Unidos no verão, provavelmente com outro Ozzfest ou algo parecido. E nos intervalos teremos Japão e Austrália, com chances de tocarmos na Malásia, na Índia e na África do Sul”.

RP-
O que está acontecendo com o livro “The Gospel Of Filth” [O Evangelho de Filth]? Ele não deveria ter sido terminado muito tempo atrás? Qual é a nova data de lançamento?

Dani-
“Como muitos outros projetos realmente grandes, este certamente não vai ser tão fácil como imaginamos no início. Uma pesquisa muito extensa foi feita até agora e ainda há muito mais a ser feito, mas em breve serão colocados no site alguns resumos de capítulos para serem examinados. Fique tranqüilo que, mesmo que leve muito tempo (mas nem tanto, porque a data provável será no WalpurgisNacht [feriado que se celebra em 30 de abril ou 1º de maio na Alemanha, Finlândia, Suécia, Estônia, Lituânia, Letônia, Romênia e República Checa]), o resultado final será surpreendente. Estou no momento analisando novamente alguns dos primeiros capítulos, que no final farão parte de uma leitura fantástica, especialmente se você estiver interessado em coisas arrepiantes como ocultismo, demonologia, feitiçaria, assassinos em série, goticismo, vampirismo, canibalismo, filmes de terror, mulheres fatais, Grand Guignol [teatro francês especializado em shows de horror], erotismo e muitas outras coisas sombrias e tenebrosas”.

RP-Como você compara o COF de agora com o do começo dos anos 90 e o quê os fãs fieis da banda podem esperar daqui em diante?

Dani- "Bem, toda banda tem que amadurecer e desenvolver. Como banda, nós sempre tentamos evoluir dentro de nosso estilo e, de fato, não tentar ser a mesma coisa todo tempo, se é que isso faz algum sentido. O material novo, outra vez, deu uma guinada maior do que esperávamos. De fato, as novas faixas na versão Deluxe de 'Thornography' são como os títulos sugerem: mais pesadas, mais sombrias e mais rápidas".

RP-O quê você acha das pessoas que gravam seus shows (ou de qualquer outra banda) e colocam na internet para downloads gratuitos ou mesmo distribuem em CD's ou DVDs?

Dani- "É inevitável, acontece mais cedo ou mais tarde. Não sou um grande fã disso, mas não é o fim do mundo, pelo menos eu penso assim. A única coisa da qual não gosto nessa "pirataria" é quando o som parece de uma caixa com uma abelha presa dentro. Não acho que justifica a banda e de fato o concerto naquela noite se a qualidade colocada na web for pobre. Parece uma coisa sem necessidade. Quero dizer, se o show for bom e você quer colocá-lo na net, porra... boa sorte pra você".

RP-Existe alguma chance de desenterrar seu projeto solo, e como ouvi o vento me dizer, você e Joey Jordison (baterista do SLIPKNOT e guitarrista do Murder Dolls) estão envolvidos em uma banda juntos. Têm alguma verdade nesse rumor?

Dani- "Tem um fundo de verdade sim, embora seja um projeto paralelo criado como diversão e não para interferir com nada que o COF esteja fazendo nesse período. Joey seria o baterista, mas, segundo rumores, o banquinho já estava prometido para o John Tempesta (White Zombie, The Cult). Também estão envolvidos o produtor Rob Caggiano, o baixista King do Gorgoroth, eu, o parasita terrorista barulhento Christopher Jon e qualquer outro que não tiver compromissos. Nós, na verdade, já temos algumas músicas completas, mas a gravadora decidiu que seria do meu interesse e da banda recusar minha permissão de seguir adiante com isso por hora. Eu aceitei numa boa, sem ter reclamado antes, você entende!"

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